“Quem se importa serve!”
Essa frase me toca profundamente, tenho por 30 anos ajudado e servido, mas hoje, ao reler minhas anotações sobre este módulo, entendi algo precioso em meu coração.
Deus, em sua infinita bondade, concedeu a mim e a todos que a conheceram a personificação desta frase: ela se importou e serviu.
Uma mulher que viveu segundo as ordens de ajuda que Hellinger nos ensina, mesmo sem nunca o ter conhecido.
Nunca ofereceu algo que ela não tivesse, nem pediu mais do que realmente precisava, mesmo que fosse uma xícara de açúcar. Lembro-me de que uma vizinha nossa, simples de tudo, estava precisando de dinheiro para comprar o leite, minha avó retornou, pegou uma nota de 5 reais e entregou a essa senhora. Ela sempre ofereceu o que tinha e pedia apenas o que precisava.
Como minha tia nos lembra, a infância não é fácil para uma criança, a minha realmente não foi. E toda vez que eu ia até o colo de minha avó e dizia o quanto era difícil aquilo que eu estava vivendo, ela acariciava meus cabelos, acolhia meu sofrimento e me mostrava que aquilo ocorria por uma justa razão, e que estava ali para me oferecer o que ela tinha de mais lindo.
Sobre tratar o outro como adulto, ela tinha a delicadeza e simpatia de tratar o outro com todo respeito, exatamente como ele era e me dizia que eu também deveria olhar com deferência e respeito, tratando o próximo de acordo a sua ordem e idade.
E quando alguém vinha com alguns espinhos em sua direção, ela colocava limites, pois sabia, exatamente, os motivos que os espinhos ali existiam. Nunca devolveu com espinhos, ela era macia e leve.
Me ensinou tanto, me amou tanto. Hoje eu as tomo em meu coração e posso servir, hoje me importo da maneira com que os mestres ensinaram.
A SUA BÊNÇÃO MINHA AVÓ (Carmelita)