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Minhas profissões, minhas missões

Minhas profissões, minhas missões
Márcia Regina Valderamos
abr. 9 - 3 min de leitura
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Foi e tem sido assim,

No início, 

com 12 anos fui trabalhar no supermercado que abriu no bairro em que vivia com meus pais e irmão.

 

Minha mãe disse quando lhe comuniquei que iria pedir emprego no mercado:  Imagine se alguém vai contratar você. E se contratar, do jeito que é estabanada, distraída e não serve para nada, não fica lá nem 2 minutos.

 

Pois sim!

Sou teimosa. Sempre fui.

 

Era 1970. A seleção brasileira de futebol estava jogando um dos jogos da Copa Mundial, a única pela qual me interessei de verdade.

 

Enquanto o Jairzinho, o furacão, defendia, atacava, minha mãe, sem saber, pronunciava as palavras praguejentas que me impulsionaram e me desanimaram, ao mesmo tempo, pela vida toda.

 

Prosseguir, tendo como música de fundo o que ouvia no hino tocado na época que dizia:

 

Pra Frente Brasil (Copa de 1970)

 

"Noventa milhões em ação

Pra frente, Brasil

Do meu coração

 

Todos juntos vamos

Pra frente, Brasil

Salve a Seleção!

 

De repente é aquela corrente pra frente

Parece que todo o Brasil deu a mão

Todos ligados na mesma emoção

Tudo é um só coração!

 

Todos juntos vamos

Pra frente Brasil, Brasil

Salve a Seleção!

 

Todos juntos vamos

Pra frente Brasil, Brasil

Salve a Seleção!"

 

Composição: Miguel Gustavo

 

E não ouvi minha mãe.

Eu era obediente, mas revoltada.

Sempre fui dúbia, bipolar, um paradoxo ambulante. Estranha. Anormal. Piegas. Esquisita.

Sempre fui e sou! (Rindo aqui. Agora posso).


 

Trabalhei por cinco anos ali. Opa! Contradizendo minha mãe, autoridade mor!

 

Minha primeira função foi a que mais me ensinou nessa vida. Fui guarda-volumes. 

 

Tinha tanto orgulho! Guardava os preciosos pertencentes de cada freguês: suas sacolas, que levariam alimentos para suas famílias; presentes, que compraram para os seus amados, coisas, objetos para seu dia a dia, sua proteção, etc 

 

Aprendi a valorizar o que era do outro como se fosse um tesouro. E era.

 

Os japoneses, donos do mercado, meus patrões, me ensinaram a  honrar e valorizar, validar, cada ação, cada gesto, cada atitude de cada pessoa que ali entrava.

 

Ali, eu aprendi a respeitar e conviver com seres humanos, diferentes, únicos e,  ao mesmo tempo, tão iguais. 

 

Observava e ouvia. Comecei a ser uma ouvinte, uma espectadora e acompanhante, características que me são fundamentais na vida até hoje.

 

Depois, servi a várias outras empresas como auxiliar de escritório e secretária, sempre servindo.

 

Aprendi a oferecer e prestar a ajuda necessária.

 

Exagero, às vezes. Mas agora sou consciente disso e me redimo.

 

Estou tratando esse servir, pois preciso seguir as Ordens da Ajuda que conheci a pouco tempo.

 

Sei agora que comecei essa missão de servir, da qual já pensei em desistir tantas vezes por me equivocar demais, porque estava sempre buscando provar a minha mãe que eu sirvo. 

Sim. Eu sirvo. 

 

Eu já fui também só psicóloga. Psicóloga junguiana, com orgulho. 

 

Agora, voltei para a minha casa aqui na Escola Real e tenho muito mais orgulho de ser uma pessoa que se importa e, porque se importa, serve.

 

Hoje eu sou uma terapeuta sistêmica by Olinda Guedes.

 

 

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