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#MÓD.5 - FICHAMENTO DO LIVRO  O QUE TRAZ QUEM LEVAMOS PARA A ESCOLA?

#MÓD.5 - FICHAMENTO DO LIVRO   O QUE TRAZ QUEM LEVAMOS PARA A ESCOLA?
Eliziane Schaefer Buch
jun. 25 - 15 min de leitura
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Dados do Leitor

Nome: Eiziane Schaefer Buch

Curso: Formação Real em Constelação Sistêmicas   Turma: F1

Data: 01/04/2021

Dados do exemplar lido. Título: O QUE TRAZ QUEM LEVAMOS PARA A ESCOLA?

Autor: Olinda Guedes

Edição: 2ª  Editora: Appris. Local da Publicação: Curitiba

Ano: 2014

1.Qual a mensagem global que o autor deixou para você?

R: A mensagem que a autora deixa, é que nunca estamos sozinhos, carregamos conosco nossos pais e todos os nossos ancestrais. Suas histórias de sofrimento e alegria estão em nos, em nosso DNA. E para que nós estejamos bem, é necessário estarmos conectados com o amor de nossos de pais, nos sentindo pertencentes ao local, no caso à escola.  Assim, respeitando os docentes, diretores, pedagogos e demais funcionários, estaremos em nosso lugar e então poderemos receber os ensinamentos e retribuir com boas notas e aprendizado.

2.A partir do que você leu, enumere 10 dicas para você criar excelência para sua vida.

R: 2.1. Quando vamos para a escola a primeira vez levamos muitos sentimentos nossos e de nossos pais; a coragem, o medo, a ansiedade, a insegurança, os sonhos e nossa educação que recebemos em casa (respeito, valores e palavras corteses). Os sonhos e lembranças de nossos pais estão em nosso DNA, inconscientes. A preocupação de nossa mãe em relação aos cuidados que ela tem conosco, se vamos dar conta deste mundo novo, se vamos conseguir ter coragem de nos expressar e fazer amigos. Também levamos a insegurança de nosso pai em relação a parte financeira. Toda esta bagagem está em nossa mochila.

2.2. A função social da escola é transmitir conhecimento, mas para que isso aconteça é necessário que a criança se sinta segura, tranquila e em paz. Assim será despertada a curiosidade para um aprendizado eficiente. Quando um adulto oferece segurança, apoio e permissão para realizar o que a criança veio em busca, ela se sente pertencida, então ela tem o sentimento que é vista, que existe, que faz parte, então o sentimento de segurança surge em sua alma, isto também ocorre quando ela reconhece o professor como alguém que vai conduzir o caminho do conhecimento e da socialização. Quando os pais não reconhecem o papel da escola ela não poderá oferecer ao aluno o essencial. Quando os pais amam a escola, o filho se sente seguro para estudar. Não existe criança preguiçosa, existem crianças sobrecarregadas, que estão carregando a dor, a infelicidade da sua família. Adolescentes desinteressados e agressivos querem apenas um lugar, querem mostrar que existem, querem ser cuidados pois sentem-se abandonados e com medo.

 

2.3. Crianças com pais depressivos, com pensamentos suicidas não conseguem vir para a escola ou estudar. Por amor eles fazem tudo pelos pais. Então não há espaço para ver a escola enquanto o coração está ocupado com questões familiares (segredos, injustiças, conflitos). Adultos também mostram o seu profundo amor pelos seus pais pela sua família permanecendo doentes, pobres e infelizes. É importante que a escola interaja com as famílias através de atividades extras, que tragam os pais para conviver com seus filhos no ambiente escolar, assim todos sentem se incluído na rede formada pela direção, professores, pedagogos, funcionários.

 

2.4. Bert Hellinger foi prisioneiro de um campo de concentração na II guerra, conseguiu fugir, se tornou padre, foi para a África do Sul trabalhar com os Zulus onde iniciou as primeiras observações que o levaram a desenvolver a terapia de constelações sistêmicas. Observou que apesar de todas as dificuldades, as pessoas tinham paz. O que atuava ali era o sentimento de pertencimento “eu vejo você” era assim que as pessoas faziam quando se encontravam. Então: quando há paz, podemos ter tranquilidade e confiança. Seguros, podemos aprender, assim deve ser nas famílias, nas escolas e nas empresas, ambiente favorável ao aprendizado, seguro.

Muitos alunos no momento da prova, não conseguem realizar a prova, esquecem-se de tudo porque sentem-se sozinhos, desamparados, isolados. Esta sensação que carregam na sua alma desde o início de suas vidas e neste momento reaparece.  

    

2.5. Hellinger observou que atuam sobre nós 3 necessidades essenciais, as leis do amor, leis da vida, fazem parte de nossa vida independente de nossa vontade, são: pertencimento, compensação e ordem.

O pertencimento traz segurança, é o sistema familiar que nos faz sentir segurança, fazemos tudo nos sentir incluídos em nosso sistema. Crianças hiperativas buscam segurança ou buscam algo importante que está excluído, ou perdido. Quando a mãe inclui os filhos não nascidos ou natimortos tudo se acalma, assim a criança aprende.

A compensação é o equilíbrio entre o dar e receber. Os pais nos deram a vida, eles fizeram o essencial, o suficiente para existirmos, tudo o MAIS os filhos podem fazer depois. Os pais são sempre os certos para nós e quando respeitamos os pais dos alunos, os alunos tem respeito pela professora e fica seguro para ser criativo e feliz nas escolas. Quando uma criança se sente honrada em sua identidade ela quer retribuir com sucesso.

A ordem é o lugar, cada lugar é único, com seus deveres e responsabilidades. Onde há ordem há progresso, há paz. Sempre que existe violência, agressividade e conflitos existe uma ausência de ordem. Os filhos são pequenos, toda vez que querem consertar seus pais, enfraquecem porque os pais são perfeitos para nós e se algo não foi feito como nós esperávamos, obedecemos e seguimos com o que nos é favorável e em honra tentaremos fazer melhor.

2.6. Nós somos o nosso pai e nossa mãe, juntos. O que separa é o homem e a mulher, não tem como dividir ao meio uma criança.

” O que Deus uniu, o homem não separa” (Matheus 19:5-6) Portanto os pais nunca se separam, os cônjuges sim.

Na escola acontece muito a situação de pais separados ou de filhos que possuem no certidão de nascimento somente o nome da mãe. Esta situação fragiliza, enfraquece e desempodera a criança, todas as crianças tem pai sim, mesmo que desconhecido e é o pai certo para ela. Estão sempre juntos em seu coração.

Quando o fluxo do amor foi interrompido, a criança fica esperando o amor dos pais chegar, a criança cresce mas não amadurece. 

Quando um adulto possui um rompimento de amor em relação aos seus pais, ele tem dificuldade de amar as crianças. Para que os adultos possam apoiar as crianças no crescimento e aprendizado é necessário que o vínculo de amor entre ela e seus pais flua com harmonia. Quando lembramos de que nossos pais nos entregaram o essencial, a vida, nos tornamos grandes e o fluxo do amor volta a acontecer.

Quem exige dos pais, não está em paz, está impedido de ir para frente, de ser feliz. A paz acontece na reconciliação e gratidão aos pais.

2.7. O professor é aquele que serve, O maior serve. A lei da Ordem lembra o lugar de cada um, unidos ao seu propósito de vida, cada um serve nas diversas posições que assumem na vida: como pai, mãe, professor, líder, governante, religioso. Quem não serve atrapalha o serviço dos outros e viola uma ordem.

Na escola se o professor é empoderado ele pode ensinar e todos aprendem, o sucesso do professor é consequência de uma vida escolar bem sucedida.

Os pais ao levar o filho à escola, está confiando ao professor o que é mais precioso em sua vida, ao sentir a segurança, sente que a escola pode ser a continuidade de sua casa e assim a escola se apresenta como um organismo vivo. É na escola que a criança percebe que existe um mundo além do mundo que seus pais mostraram, as vezes é um mundo com sofrimento, dor, injustiças, limitações. Mas leva para casa novas possibilidades, aprendidos, revelados, mostrados através do seu potencial ilimitado.

2.8. A abordagem sistêmica fenomenológica considera que não somos apenas um ser com nome e sobrenome, um título, com dificuldades, sonhos e potencial. Somos muito mais que isto. Somos o sonho de muitas gerações que vieram antes de nós. Estas gerações continuam através de nós. É importante o compartilhamento das histórias dos antepassados, que as crianças saibam o nome dos avôs, sua origem, profissões, talentos, desafios, superações e algumas particularidades.

Estes conhecimentos fazem com que a criança tenha sentimentos de compaixão, respeito e honra. Quando estamos conectados com a história de nossos ancestrais ficamos fortalecidos, também é preciso ter em mente que na criança vive um adulto que ele não sabe ainda e no adulto vive uma criança, as vezes esquecida e está criança guarda muitas memórias.

O elogio faz das crianças adultos pacíficos. A gratidão faz morada no coração. A liderança é respeitada, honrada e ouvida quando estamos reconciliados com nossos pais.

A preocupação é a condição de experimentar o problema antes que ele aconteça, a mente e o coração agarram-se ao pior, o sofrimento vem, é não confiar; então ao invés de dizer que nos preocupamos com elas podemos dizer que confiamos nelas, assim criamos bênçãos.

As crianças que convivem com boas palavras e comunicação fluente são pacificas, são imaginativas e muitos bloqueios emocionais se dissipam e curam a alma, recupera a paz, a autoestima e a autoconfiança. Quando a comunicação com os adultos é um problema, as crianças vivem vários obstáculos difíceis, e quando a solução existe, as crianças sentem a vida como um campo de possibilidades. A imaginação é estimulada pelo diálogo, pela presença do outro. Quando adultos pensam em problemas, as crianças aprendem a pensar que a vida é um problema, se pensa-se em solução, então a vida se torna um campo de possiblidades.

A imaginação tem poder, quando pensamos em um limão, nossas glândulas salivares se contraem rapidamente como se estivessem sentido o azedo, pois a mente cria realidade. Nosso corpo é muito sábio. Assim podemos refazer a nossa vida, criando nosso futuro e recriando nosso passado utilizando nossos pensamentos, criando uma história mais feliz, recuperando a paz e solucionando sintomas físicos pois adoecemos devido emoções, sofrimentos, humilhação e mágoas. Ambientes escolares conflituosos, agressivos adoecem professores, alunos e pais.

2.9 A cozinha é um lugar de amor, onde os alimentos são transformados. A cozinha é uma forma de meditação, uma forma de cuidar de quem amamos. É triste pensar que as cozinhas estão diminuindo de tamanho, que as pessoas não se encontram mais para conversar, ficam separadas nas pequenas casas, cada um envolvido com uma televisão ou celular, ouvindo comerciais que os levam a shoppings para consumir coisas e comer. As pessoas conversam cada vez menos e assim vão se excluindo, o diálogo é uma forma de pertencimento, de inclusão, quando eu ouço, vejo o outro e vice versa, ficamos seguros. Nos sentimos pertencentes, capazes, fortalecidos, empodeirados, pois também quando  a ordem a progresso. A ordem dentro de um sistema gera segurança e autoconfiança. Se as casas deixarem de ser o melhor lugar para viver, como que as crianças vão se sentir seguras na escola?

A educação vem de casa é dada pelos pais em conjunto, um respeitando o outro, num jogo de responsabilidade. E assim quando o filho sente que existe amor, firmeza e sabedoria em seu lar ele sente-se seguro. E dever dos pais servir, eles são os grandes, assim dizemos que primeiro se cumpre o dever para se ter direitos, pois primeiro se cumpre o dever para depois se ter direito, pois toda situação de desordem gera um desequilíbrio que atrapalha o fluxo da vida e cria emaranhamento.

2.10 O primeiro dever humano é respeitar e honrar o destino do outro, é escutar o outro, ver o outro. Se eu levo para a escola toda a minha história, preciso considerar que há também o sofrimento, ele deve ser incluído, olhado e considerado. Eu vejo você, eu honro seus pais, sua família, seu destino. Então a paz se estabelece, e por isso chamamos a escola de organismo vivo.

3.Considerando a realidade onde vive, o que você aplicou, imediatamente, assim que leu? (qual tópico? Cite o capítulo e ideia).

R:  Eu acompanhava a adoção de uma criança por uma amiga muito querida, a Marlene (amiga de profissão, professoras de Arte.  Deus a trouxe para fazer aulas de pintura comigo em um momento triste da vida dela e da minha, ela havia perdido a mãe e eu o meu pai. Nossas dores nos fez muito amigas e enquanto pintávamos nossas telas, conversávamos e íamos curando nossa dor).

Ela tinha outro sofrimento, estava mais de 5 anos na fila de adoção no Estado de Santa Catarina, como o processo estava muito lento ela decidiu mudar para o Paraná e iniciar novo processo, moramos na divisa dos Estados. Então menos de 2 anos foi chamada para acompanhar por 15 dias em um abrigo um menino de apenas 1 ano, filho de mãe e pai drogados, alcoólatras que não alimentavam a criança e sofria maus tratos, tinha queimadura de cigarro pelo corpo, uma hérnia umbilical e relatos de que a mãe chegava a cair em valetas com o bebê, vivia suja e ganhava água na mamadeira. Assim que Marlene fez o acompanhamento e o juiz lhe deu a guarda provisória ela me chamou para conhecer o Yago, novo nome dado por ela. Passou-se 2 anos, a criança muito minguadinha e ela me relatava muitos problemas com doenças que surgiam a cada semana. Então quando me deparei com este assunto no livro, uma breve citação, logo me lembrei da Marlene e o Yago. Chamei para que ela fosse em minha casa e conversamos, fizemos uma constelação com bonecos de Playmobil, já que devido a Pandemia não poderíamos fazer em grupo com pessoas. O campo logo nos mostrou o que deveria ser olhado e curado. Então em poucos dias o Yago começou a melhorar de suas convulsões e dores de estômago e garganta. Não falava até aquele dia e agora virou um tagarela. A Marlene precisou agradecer aos pais biológicos e se propôs a cuidar dele com muito amor, a alma do pequeno sentia muita falta da mãe biológica. Então cabe citar que:  Quando uma criança é adotada, os adotantes não devem se sentir melhores do que os pais da criança e sim agradecidos pela oportunidade recebida de criar esta criança. (Crianças adotadas. Capitulo 12 , página 125.)

 

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