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ORDENS DA AJUDA

ORDENS DA AJUDA
Fabiana de Lima Souza
mai. 10 - 7 min de leitura
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Faz um tempo que tenho pensado muito no propósito da minha vida.

Estou me perguntando verdadeiramente qual o meu propósito nessa vida.

Em maio de 2020, perdi minha grande amiga Soraya, companheira de 9 anos de convivência e caminhada diária.

Ela, durante esse tempo, me ensinou muito ser uma pessoa melhor. Éramos o oposto uma da outra. Ela tranquila, eu agitada. Ela falava baixo e eu alto...enfim, todos esses anos de convívio bem próximo, me fizeram enxergar que muitas vezes a pessoa que eu deixava transparecer não era eu de verdade. Ou me fizeram perceber que a pessoa que as pessoas viam não era EU.

Tive esses insights a partir da convivência com ela e tenho muita Gratidão por tudo isso...graças a Deus pude dizer a ela em vida como eu a amava e como ela foi importante no meu processo de desenvolvimento pessoal.

Como disse Blaise Pascal, “Ninguém é tão ignorante que não tenha algo a ensinar. Ninguém é tão sábio que não tenha algo a aprender. ” Ou seja, do mesmo modo que aprendi muitíssimo com ela, também pude ensinar. Nos completávamos...uma sabia o que a outra estava pensando com um simples olhar. Era mágico.

Já ouvi alguém dizer “elas são como gêmeas, não as separem.” Essa frase foi dita a mim um dia antes dela falecer...isso me impactou muito. Achei que não ia aguentar e que não era merecedora de continuar aqui sem ela. Foi uma dor tão grande que durante alguns meses eu tive a sensação que também ia morrer. 

Eu me via fazendo algumas coisas que ela fez antes de partir.

Um amigo me levou pra fazer terapia. Fiz por um tempo. Passei a me ocupar com coisas que gostava, como tocar violão e cantar.

Há uns quatro anos eu havia conhecido as Constelações Familiares. Achei interessante e me disse que um dia eu faria o curso para ser Consteladora. Porém, o tempo foi passando e nunca comecei a estudar.

Nesse momento de noite escura da alma que acredito que estava passando, uma amiga Consteladora me marcou na imersão da Olinda Guedes.

Fiz a imersão e senti um chamado para retomar esse caminho que me foi apresentado outrora.

Gratidão minha amiga Denise pela oportunidade de adquirir tantos conhecimentos e de criar novos propósito para minha vida. 

Porque fiz essa introdução para iniciar o conteúdo do módulo propriamente dito?

Porque assim como alguém me ajudou, sinto hoje , que preciso ajudar mais pessoas, tema de nosso último modo.

A primeira ordem da ajuda trabalhada nesse módulo é: Você só pode oferecer aquilo que você tem, e só pode pedir aquilo que você realmente necessita.

Diante de tudo que tenho aprendido sobre as Constelações, um dos principais sentimentos que temos que ter é o amor pelo outro; e hoje, sinto que desde que comecei meu processo de desenvolvimento pessoal com os ensinamentos de minha amiga Soraya, tenho desenvolvido cada dia mais a empatia, a gratidão e o amor.

Quando uma pessoa relata ao Constelador um problema, ele precisa saber o que realmente a pessoa gostaria, demonstrando muito sentimento de escuta ativa e empatia. Não deve haver julgamento.

Outra ordem da ajuda que está ligada e que já foi citada acima é: ao ouvir a queixa de um cliente, observe todo o seu sistema, seus antepassados e familiares com muito respeito e amor. Se colocando ao lado de cada um. Essa ordem considera o sistema da pessoa como um todo. Seus antepassados e familiares.

Outra ordem necessária e que complementa as duas acima é: você só pode ajudar alguém quando você der a essa pessoa e ao sistema dela um bom lugar no seu coração, não julgando.

É importante, segundo Olinda Guedes, que reconheçamos quais os temas ainda não conseguimos dar um lugar em nosso coração. Quais temas você não resolveu em sua vida e não está aberto para trabalhar, pois conforme afirma a primeira ordem da ajuda, ninguém dá o que não tem.

Outra ordem da ajuda é: Tomar a realidade como ela é, considerando as circunstâncias, as dores e sofrimentos ligados ao todo. Olhar além do aparente. E por fim, olhar e tratar o outro como adulto que busca ajuda.

Outro ponto trabalhado nesse último módulo foi sobre a gramática das Constelações. A postura e as atitudes do cliente dizem muito sobre ele antes mesmo das Constelações efetivamente começarem. Desde o agendamento até um possível cancelamento ou pedido de desconto o cliente já apresenta sinais, e essas observações devem ser anotadas e serão pertinentes para o entendimento da dinâmica que se apresentará. 

Constelar é ser sensível e não mecânico: o que toca o coração, constela e cura.

Pessoa que fala demais, sem parar ou pessoa que não consegue falar; pessoa muito exigente; pessoa que quer levar vantagem ou que quer presentear por gratidão; pessoa que duvida se aquilo vai dar certo. Todos esses pontos são sinais que devem ser observados pelo Constelador.

Um ponto muito importante que marcou esse capítulo foi sobre as frases de solução que trazem equilíbrio, pertencimento, compensação e ordem.

Podemos citar como frases de solução: “agora eu te vejo” quando o cliente relata sofrimento, abandono, dor, exclusão; “você é um de nós” quando alguém no sistema é excluído.

Não existem frases prontas, elas são utilizadas com coerência e de acordo com a situação e o estado do cliente. Deve ter sintonia com o que ele está experienciando no momento.  “Já passou” quando quer ressaltar que apesar da dor ou da falta agora, tudo vai ficar bem e o cliente já sabe como agir daqui pra frente, ele toma as rédeas de sua vida, mas com gratidão.

Uma forma de desenvolver a sensibilidade é fazer leitura de poesias, pois elas nos colocam numa visão além do aparente, nos fazem meditar melhor. Segundo Olinda Guedes, a leitura de poesias nos faz dar cor às palavras.

Um bom Constelador precisa acompanhar seu cliente: reservar um tempo significativo para trabalhar o tema, perguntar o que o cliente realmente veio buscar, como ele está se sentindo após a dinâmica ocorrida e se era aquilo mesmo que ele esperava; perguntar se ele está bem e satisfeito com o que recebeu. Para encerrar, às vezes dependendo da necessidade e do que foi constelado, é necessário propor alguma tarefa para o cliente fazer.

Se a Constelação for online é importante utilizar aplicativos adequados e adaptados ao cliente. Orientar sobre um espaço que haja privacidade, boa iluminação, postura diante da câmera. Ter em mãos água, chá, lenços de papel para caso haja emoção por parte dos participantes.

 É importante ressaltar que Constelação é estilo de vida e que nos aperfeiçoaremos a cada dia, à medida que o exercício vai tocando nosso coração e encontrando a cura.

Cada um deve silenciar seu exterior para ouvir o seu interior, pois as respostas estão dentro de cada um e o Constelador é apenas o mediador que direciona o caminho para que o cliente enxergue o que está clamando para ser visto.

#mod08

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