Me encontro a algum tempo, parada, travada, enrolada no módulo 05. Já fiz os trabalhos da maioria dos módulos, mas esse, que difícil pensar sobre que bloqueio eu tenho.
Então respirei fundo decidida, “ hoje sai a escrita desse módulo, ah sai!”. Revi todo ele pela 7ª vez. Sim, deve ser essa a quantidade de vezes que assisti a ele todo, e fazem 2 horas que estou tentando imaginar como eu começaria ou sobre o que falaria, então resolvi começar como quão desafiante foi “sair do lugar”.
Peguei novamente o livro escrito pela nossa iluminada mestra “O que traz Quem levamos para a Escola?”.
Claro que o “quem” e não o “o que” tem um motivo. Levei uma Fernanda cheia de insegurança, com sentimentos de rejeição, autoestima? Até hoje venho procurando. E fazendo uma ligação com as empresas por onde passei, os sentimentos foram praticamente os mesmos.
O sentimento de medo, ansiedade e de dúvida se seria capaz de cumprir tudo o que era solicitado nos trabalhos me acompanham até hoje, até a necessidade de ser aceita pelos meus colegas, a mesma necessidade que sentia na escola.
Desde os 6 anos mais ou menos eu ia sozinha para a escola, que ficava a um quilômetro de casa, uma pausa para mais uma ficha que cai aqui, e não lembro da minha mãe em nenhuma apresentação ou reunião, pois não tinha tempo. Meu genitor saiu de casa quando eu era uma bebe, minha mãe trabalhava de manhã, tarde, noite e eu ainda ia para a escola sozinha. O meu sentimento de solidão cada vez mais fica entendido.
“O Sucesso na profissão é consequência de uma vida escolar bem sucedida, sem traumas, sem abusos. Ou da superação, entendimento e integração deles. Sem isso é impossível a realização profissional” ( pág. 99 do livro da mestra)
Que bom que hoje eu sei, que hoje estou na escola real, que existe Olinda Guedes, pois a mesma diz - É correto afirmar que nunca se está só. Sempre somos pai, mãe e algo mais, nossa individualidade, nossa singularidade. "Assim, o todo é maior que a simples soma das partes." (pág. 119).
Um grande beijo!