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ATENDIMENTO INDIVIDUAL - CONSTELAÇÕES NA ÁGUA

ATENDIMENTO INDIVIDUAL - CONSTELAÇÕES NA ÁGUA
Carla Duran
jun. 20 - 7 min de leitura
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As Constelações na Água são um método de Constelação Sistêmica Familiar, desenvolvido pela mestra Olinda Guedes, como ferramenta de atendimento individual para que pudessem tocar o coração do cliente, para beneficiar aqueles clientes que os demais métodos ainda não tivessem sido capazes de completar. Não porque os métodos usados anteriormente não sejam eficazes, mas sim porque determinadas pessoas requerem de recursos diferenciados.

O método desenvolvido pela Olinda Guedes traz na constelação na água algumas vantagens: os objetos flutuantes ficam visíveis ao campo do cliente. E isso toca o cliente, conforme ele observa os movimentos e o constelador conduz a sessão.

A condução da constelação na água inicia-se como as demais, com preces, orações, meditações, aquilo que o terapeuta constelador usar de recurso para tocar o coração do cliente. Após isso, é feita a escolha dos representantes conforme o tema que o cliente traz. Esses representantes são utilizados bonecos EVA, com cores e formatos específicos, cada um com sua gramática em que permite o constelador ir realizando a leitura de campo e conduzindo o cliente diante das situações e intervenções sistêmicas. A água é o campo, e seu movimento diz muito acerca do sistema familiar do constelado.

A percepção do constelador indicará muito na condução, pois não tem aqui o campo de representantes com pessoas para poder ir falando o que sentem. Quanto mais estudo e mais cura ele tiver, mais conseguirá êxito ao auxiliar seu cliente em seu processo de cura. Sempre o terapeuta deve perguntar ao cliente se a sua percepção ali faz sentido a ele, para que ele vá completando em si o que observa na constelação. Aqui também cabe a máxima: TERAPEUTA NÃO É DEUS! 

As ferramentas usadas na constelação na água como os bonecos de EVA, a travessa, o ambiente, tudo deve ser cuidado com muito carinho e reverência. Faz parte do trabalho do constelador e a forma como ele se dedica a esses cuidados também dirá muito na leitura do campo e na sua atuação diante do cliente.

Todos os demais ensinamentos que a mestra Olinda traz acerca dos princípios sistêmicos,  da gramática das constelações, sobre os  sintomas e suas dinâmicas sistêmicas, a postura do terapeuta, etc, também são válidos aqui nesse modo de constelar. Não se exclui em nada o aprendizado até aqui, este módulo só complementa.

Temos excelentes artigos já postados pelos colegas quanto as cores e as gramáticas das constelações na água que valem muito a pena a leitura, então não estenderei mais aqui e assim, prestigiamos o trabalho de estudo dos demais:


https://sabersistemico.com.br/blog/significados-das-cores-metodo-olinda-guedes-de-constelacoes-na-agua  


https://sabersistemico.com.br/constelacoes-sistemicas/constelacao-na-agua-13  


https://sabersistemico.com.br/constelacoes-sistemicas/modulo-15  


https://sabersistemico.com.br/constelacoes-sistemicas/preciosidades-curativas-do-modulo-10-orientacoes-sistemicas  

Vou trazer um relato da minha constelação, no exercício que a mestra foi conduzindo neste módulo:

No meu exercício, estava meditando acerca de meus antepassados, me vendo, vendo meus pais, meus avós paternos e maternos, o intuito era realizar uma meditação reverenciando e agradecendo a vida por chegar até a mim.

Meu representante é a bonequinha menininha verde, acima estão minha mãe em amarelo, o pai em preto. Acima do pai meus avós paternos em azul.

Ao lado oposto são meus avós maternos. Quando eu os coloquei, eles foram para longe na travessa, num movimento muito rápido, na parte que está vazia da tigela, tal qual a mestra ensina, o movimento rápido ficou visível a agressividade, raiva, conflito que de fato sempre existiu... conforme fui meditando e orando, falando que os via, pedia perdão, exercia o movimento de gratidão, principalmente em direção a avó materna, eles vieram para o lado da menininha, mas ficaram nessa posição.

Enquanto reproduzia as falas sistêmicas, fui percebendo meus avôs paternos juntos ali do pai. Já meus avós maternos se afastaram de nós instantaneamente. E foi assim em vida mesmo.

Meus avós paternos e maternos e meu pai já são falecidos. Só quando olhei a avó materna e disse a ela que sentia muito e que via todo o esforço e trabalho que eles tiveram e que era grata porque sem eles a vida não havia chegado a mim eles se aproximaram.

Percebi que escolher o eu criança é que ainda estou com minha criança ferida. Ela ainda não cresceu para mim. Ela ainda precisa ser vista. O pai na cor preta vi que ele está excluído. E assim foi em vida. Meus pais eram primos de primeiro grau e o casamento não foi muito aceito; senti que tem muitos excluídos com ele ou do lado dele. Meu pai em vida era um pé de boi, ajudava a família e a todos. E ele era incompreendido também e sofreu um movimento de ser deserdado pelo pai dele, isso tudo em vida. 

Minha mãe, em amarelo, é pé no chão, muito racional. Teve que ser por conta da vida. Faz sentido agora a cor que escolhi para ela. Azul para os avós paternos não entendi ainda, mas eles carregam exclusão também.

Minha avó materna também escolhi preto, ela carrega muita exclusão e sofrimento. E só durante o exercício fui me dando conta das cores. E o avô materno em amarelo, era muito pé no chão. Ele tinha o toque de midas que a Olinda fala, porque ele era analfabeto e conseguiu um patrimônio muito significativo para quem veio de uma família que não tinha absolutamente nada, com muito esforço e trabalho duro.

O verde em mim, de fato tem tudo a ver, pois carrego uma exaustão que vem de todas as vidas. Capto energias. Sou esponja por onde vou e tenho sempre a esperança de que as coisas melhorem, mesmo sofrendo. Parece que vivo na esperança de coisas melhores. E as qualidades dessa cor também dizem muito sobre mim, sobre a minha missão e propósito de vida.

Percebi, no final do exercício, que tem muitos emaranhamentos familiares para serem vistos, e que será necessário um tema por vez. Começando por minha criança interior ferida e a exclusão das minhas figuras parentais. Porém, pude sentir o poder da ferramenta e a vontade e necessidade de me aprofundar mais nessa técnica para usar nos atendimentos.

Cada vez mais os saberes sistêmicos vêm fazendo sentido em minha vida e me proporcionando uma nova profissão, um encontro real com meu propósito de vida.

Gratidão, mestra, por derramar seu amor nesses ensinamentos.
 

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